Terça-feira, 18 de Setembro de 2007

Faço transcrição de documentos

Faço transcrição de documentos diversos, manuscritos ou não, para computador, na área de direito para advogados ou tribunais.

Amigos versus Direito servem esta analogia para agradecer ao Dr.João Calapez digníssimo Advogado, que me devolveu a crença na justiça.
 
Curriculum Vitœ
Habilitações Literárias
9º Ano de Escolaridade  
Experiências Profissionais
Pintor de Construção Civil;
Escriturário com conhecimentos e aplicação da informática na perspectiva do utilizador na área de contabilidade, expediente e introdução de dados em base de dados, com a utilização essencialmente dos programas Excel, Word, Correio Electrónico e Internet.
Outras Informações Relevantes
Encontrando-se neste momento desempregado e com total disponibilidade para prestação de serviços que se achar conveniente, com base nos conhecimentos e habilitações referidas.
Mais se informa, que à data de Junho de 1999, enquanto Pintor de Construção Civil, sofreu acidente de trabalho que resultou em 40% de incapacidade na mão esquerda. Posteriormente teve a trabalhar como escriturário, com facilidade de adaptação, pela experiência pessoal adquirida, a nível da informática na óptica do utilizador. Ambas as funções referidas, foram tão dignificantes como importantes no seu crescimento a nível pessoal e profissional.
 
 
História da Minha Vida
Cada dia é uma pequena vida, e a História da minha vida reflecte essa analogia. Nascido no ano de 1969, num dia de profundo significado, dia de Natal, no seio de uma família modesta, de quatro irmãos no qual eu era o rebento mais novo.
Sendo eu o filho mais novo era também o mais protegido e acarinhado pela minha mãe. Devo frisar que a história com o meu pai é feita de gelo, um gelo glaciar, que perdura para eternidade e que nem o aquecimento do planeta, devido ao buraco na camada de ozono, o farão derreter.
Tive uma infância com momentos de felicidade. A dado momento da minha infância pensei enveredar pelo caminho do sacerdócio, mas não haveria de ser esse o meu caminho ou o meu destino, mas desse trajecto além da teologia e do respeito e tolerância pelo nosso semelhante ficou, também, uma alcunha de “padre” que acompanhou-me até à fase adulta. Era uma cruz, devido aos namoros, pois ninguém quer namorar com um “padre”, mas com maior ou menor dificuldade, recorrendo-me de bom humor e de linguagem figurada, facilmente as barreiras se derrubavam, não constituindo por isso uma marca dolorosa.
Foi no desporto, mais concretamente no atletismo, que dediquei parte da minha adolescência em conjunto com os estudos O desporto deu-me um objectivo de vida, fez-me focalizar toda a minha energia tanto física como mental para esse objectivo, desviando-me dos caminhos errados da vida, pois eu sabia o que queria e nada e nem ninguém me iria desviar.
A escola deu-me o conhecimento e uma linguagem mais elaborada.
Mas como cada dia é uma vida, aconteceu vida. A minha família desmoronou-se no momento em que os meus pais separaram-se. A minha vida mudou como uma vela num dia de vento. Por esta altura a minha irmã já tinha casado e tinha e ido morar com o seu marido, restaram os três filhos e a minha mãe no seio da família. Os meus dois irmãos andavam por caminhos de risco (droga) e a minha mãe, uma mulher iletrada e doente, fez que eu sentisse que era meu dever/obrigação tomar conta dela e por acréscimo dos meus irmãos e assim fiz.
Fui trabalhar como cadie com um horário de 12 horas por dia. Devo salientar que nessa altura tinha 15 anos de vida, deixei de estudar e tornei-me um chefe de família. Enfim, uma criança que se tornou homem por força da vida. Mas essa vida dura não foi de sofrimento mas sim de coragem, de ambição e muita determinação.
Posteriormente fui para aprendiz de pintor, sempre como a única pessoa que trazia dinheiro para sustentar a minha família. Com 18 anos já era pintor de construção civil e entretanto o meu irmão mais velho enveredou por um caminho de uma maior maturidade, felizmente e começou a trabalhar. Viria a casar uns anos mais tarde.
 
Eu, um sonhador da vida e ambicioso, porque acredito que tudo é possível, sendo a nossa única impossibilidade evitar a morte, comecei a trabalhar por conta própria no mesmo ramo pintura de construção civil. Tinha 20 anos quando iniciei-me como empresário. Tudo corria bem, tinha uma boa carteira de cliente e mais tarde tornei-me subempreiteiro de uma grande empresa do ramo da construção civil com muitos homens a trabalharem comigo. Era um patrão que procurava ser justo, tendo sempre como premissas a honestidade e o respeito, o saber gerir consensos, formar uma equipa em que todos se sentissem valorizados no seu trabalho e que me vissem não só como patrão mas também um amigo. O meu outro irmão trabalhou comigo, mas infelizmente para ele e para mim, não se libertava das amarras da droga, com todos os problemas que isso acarreta, não só para ele como para nós vítimas passivas. Com 28 anos resolvi dar novo impulso à minha vida, pela conjectura socio-económica da altura, algo débil em temos de mercado, e a minha vontade de ter uma carreira mais segura, não tanto dependente de marés.
A propósito de marés, amo o mar de paixão, dá-me força e tranquiliza-me olhando a sua omnipotência.
Comecei a trabalhar numa grande empresa de construção civil no SAV, uma estrutura dessa empresa, para reparações pós-venda.
Posteriormente comprei uma casa e sendo eu, um amante das novas tecnologias e do conhecimento nas suas varias vertentes, conheci a mulher que se iria tornar minha esposa, pela Internet. Ela de Coimbra, eu do Estoril, podemos dizer que entrou luz na minha vida e duas estrelas, a Ema minha esposa e sua filha então com 8 anos, que se tornou minha filha também, não por imposição mas de coração.
No meu mar estavam duas belas sereias que vieram preencher um vazio no meu coração, mas tal como o mar a vida também as suas tempestades e foi o que aconteceu-me. Tive um acidente de trabalho que deixou-me com a mão esquerda paralisada sem hipóteses de recuperação. Tive que readaptar-me a uma nova realidade, por vezes discriminatória na nossa sociedade, que não aceita muito bem o diferente quando o diferente é isso mesmo apenas e só diferente, mas com determinação porque não sou de chorar problemas mas sim procurar soluções. Com a ajuda das minhas duas sereias e da minha mãe, encontrei novos caminhos dediquei-me à informática de uma forma autodidacta, estudei direito de trabalho de uma forma exaustiva, com recurso a pesquisas na Internet de leis e de jurisprudência de casos similares ao meu, e travei e ainda hoje continuo a travar pequenas batalhas no Tribunal de Trabalho, com algumas vitórias mas com a profunda convicção que no fim seja feita justiça na sua inteira plenitude.
Nesse caminho entrou mais uma sereia na minha vida, pequenina mas linda como as estrelas que brilham no céu, refiro-me à minha filha Ana, hoje com 4 anos. Sinto-me um homem sortudo, pois tenho duas filhas maravilhosas, uma mulher e uma amiga de todas as horas e uma mãe que me acompanhou sempre ao longo da vida.
Agora procuro novos horizontes em termos profissionais com a certeza que tenho muito para aprender e das minhas fraquezas retirar forças, porque a vida é uma dádiva e devemos viver um dia de cada vez pois cada dia é uma pequena vida.
 
publicado por Francisco às 16:09
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